terça-feira, 21 de agosto de 2012
Resgate de jogos e brincadeiras populares
domingo, 24 de janeiro de 2010
A importância do jogo no contexto escolar
Nas aulas de Educação Física para as crianças, os jogos são de fundamental importância e devem contribuir para o crescimento e desenvolvimento destas. Para que isso ocorra, o educador deve ter conhecimento acerca de conceitos básicos que abordem os aspectos biológicos da atividade motora, da aprendizagem de atividades básicas e específicas e do desenvolvimento motor, cognitivo e sócio-afetivo. Portanto, o tipo de jogo usado na educação contribui para o êxito ou o fracasso dos objetivos do docente e do aluno. Ao optar, por exemplo, por jogos de competição, valoriza-se a busca de resultados em detrimento à cooperação.
Cada jogo traz sensações totalmente diferentes: eles costumam ser eventos memoráveis. Isso age como âncora, evocando sensações vividas. O fator divertimento dos jogos assegura que os participantes estejam motivados para contribuírem plenamente. De um modo geral, o fator divertimento incentiva a maioria dos participantes. A vantagem que existe ou que pode ser percebida em alguns jogos é, sem dúvida, o fator motivação.
Cabe, portanto, ao professor evidenciar em seus diferentes públicos os objetivos específicos com cada tipo de jogo. Jogar é reconhecer as regras, entendê-las, identificar os contextos em que elas são utilizadas e poder inventar novos contextos modificando essas mesmas regras. Jogar é dispor-se às incertezas, ao risco, exercitando-se para enfrentar os acontecimentos acidentais do cotidiano.
Jogar é "fazer de conta" que se está à margem da realidade para melhor elaborá-la. Através do jogo se revela autonomia, originalidade e a possibilidade de ser livre, de inventar e de poder expressar o próprio desejo convivendo com as diferenças.
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
Faça dos exercícios físicos um hábito
Segundo o especialista em Comportamento do Exercício da Universidade de Indiana (EUA), John Raglin, é possível manter a atividade física no topo das prioridades de sua rotina. Veja a seguir três dicas elaboradas por ele:
Passo 1 – Planeje o horário de cada treino no começo da semana. Assim você se obriga a marcar os demais compromissos em outras ocasiões, garantindo que tal hora específica esteja reservada. Tente isso durante cinco semanas: pesquisadores britânicos descobriram que esse é o período necessário para que vire um hábito.
Passo 2 – Faça com que cada sessão de exercícios dure no mínimo dez minutos. Assim nem mesmo um dia atribulado servirá de desculpa para você pular o treino. A ideia não é fazer uma atividade por poucos minutos. Ao reservar um tempo para o exercício, você o encaixa na rotina, da mesma forma que barbear-se ou fazer compras no supermercado.
Passo 3 – Observe como você se sente todos os dias. Numa escala de 1 a 10, dê notas ao seu humor e ao nível de energia e produtividade. Anote também a pressão arterial, o colesterol e os triglicérides, pois tanto o retorno direto como o indireto servem como motivadores quando seus objetivos envolvem a forma física e a saúde geral.
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Pra quê regras?
Assim deu-se a nossa primeira relação com as manifestações do movimento, com o jogo, com o lúdico, com o pedagógico. Aprender e ensinar, naquele contexto, ganhava ares de diversão, status de saberes. Quem era capaz de subir na árvore mais alta? Acertar o alvo com as pedras atiradas com o estilingue de “tripa de mico”? Derrubar a lata durante o jogo de taco?
Olhando para trás, pensando naquela forma de aprender: sem dor, sem sofrimento, sem repetição. Até hoje, não nos recordamos de crianças que ficassem memorizando as regras do jogo de bolinhas de gude ou precisassem de estratégias para não esquecer das cantigas de roda” [1]
[1] MATTOS, Mauro Gomes e NEIRA, Marcos Garcia. Educação Física Infantil: Construindo o movimento na escola. 6ª edição. São Paulo: Editora Phorte Editora Ltda., 2006. p. 1, 2.
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Jazz Dance e Ginástica Jazz
Na Educação Física, alguns autores utilizam-se do termo Ginástica Jazz, conforme trecho do livro “Dança, Educação, Educação Física: Propostas de ensino da dança no universo da Educação Física” da autora Nilda Barbosa Cavalcante Rangel, publicado pela editora Fontoura:
“Uma proposta de atividade baseada na dança-jazz e na ginástica neossueca é apresentada por Morato (1993), que pode ser aplicável tanto no meio escolar, através das aulas de Educação Física, como para outras instituição ou qualquer indivíduo, independente de sexo ou idade. A Ginástica Jazz originou-se na Suécia, com Mônica Beckman e tem como característica a utilização de música estimulante e ritmo marcado, acompanhando movimentos naturais e variados com os objetivos de condicionamento físico, integração com corpo e mente, improvisação e expressão. (Morato, 1993).
A autora cita ainda o desenvolvimento e aperfeiçoamento da destreza, da postura, da criatividade, além do gosto pela dança como objetivos específicos desta proposta. É um método que possibilita o desenvolvimento dos princípios biopsicossociais, ou seja: o desenvolvimento físico em se tratando do princípio biológico: a sensação de bem estar, o desenvolvimento da autoaceitação, da autossuperação e da autoconfiança, do respeito e da segurança, como princípio psicológico; e, por fim, o desenvolvimento do raciocínio reflexivo e da criatividade, como princípios sociais.
A Ginástica Jazz pode ser aplicada à qualquer indivíduo, desde que sejam feitas as adaptações necessárias para cada fim e para cada clientela. Portanto, é uma atividade que pode ser direcionada para diferentes finalidades, como: estética, higiênica e recreativa; desportiva, fisioterápica; artística; catártica e, educacional, envolvendo da pré-escola à universidade, assim como fim profissionalizante, presente nos currículos das escolas de Educação Física, “... seja ela em caráter programático ou como disciplina especial, obrigatória ou optativa”. (Morato, 1993, p.27).”
Glossário
Catártica – Relativo à catarse que neste contexto é entendida como purificação.
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Jogos educativos [Parte de pesquisa realizada no 2º semestre da graduação - Novembro de 2006]
Acreditamos que a escola tenha um papel fundamental na socialização por ser um dos espaços que propicia a individuação dos sujeitos sociais. É nela onde se dá o encontro entre a tradição de uma cultura e a realidade do cotidiano das crianças e adolescentes.
“O professor deverá estar a par das habilidades e, principalmente fraquezas de cada criança, não apenas no que diz respeito a habilidades acadêmicas como a leitura e escrita, mas também em termos de habilidades de “aprendizado” como percepção, audição, visão e memória. Uma vez entendida como a criança aprende, todos os tipos de atividades podem ser trabalhadas de forma a ajudar a criança que possui dificuldades de aprendizado”. [1]
As aulas de Educação Física utilizam quase exclusivamente quadras e materiais esportivos como bolas e redes. Na nova concepção da disciplina, conforme o PCN, as atividades e os procedimentos didáticos exigem uma variação muito maior. Por exemplo, com os jogos educativos, é possível utilizar os espaços vizinhos à escola, praças e parques públicos e, dependendo do contexto geográfico, praias, rios ou montanhas para o desenvolvimento das atividades. De inúmeras formas, o professor estimula o aluno e este, aprende sem saber que está aprendendo.
[1] MAJOR, Suzanne. Crianças com dificuldades de aprendizado: Jogos e atividades. São Paulo: Monole, 1990. p.01.
O jogo só existe dentro de um sistema de designação, de interpretação das atividades humanas. Uma das características do jogo consiste efetivamente no fato de não dispor de nenhum comportamento específico que permitiria separar claramente a atividade lúdica de qualquer outro comportamento. O que caracteriza o jogo é menos o que se busca do que o modo como se brinca, o estado de espírito com que se brinca. Isso leva a dar muita importância à noção de interpretação, ao considerar uma atividade como lúdica. Quem diz interpretação supõe um contexto cultural subjacente ligado à linguagem, que permite dar sentido às atividades. O jogo se inscreve num sistema de significações que nos leva, por exemplo, a interpretar como brincar, em função da imagem que temos dessa atividade, o comportamento do bebê, retomando este o termo e integrando-o progressivamente ao seu incipiente sistema de representação. Se isso é verdadeiro de todos os objetos do mundo, é ainda mais verdadeiro de uma atividade que pressupõe uma interpretação específica de sua relação com o mundo para existir. Se for verdade que há a expressão de um sujeito no jogo, essa expressão insere-se num sistema de significações, em outras palavras, numa cultura que lhe dá sentido. Para que uma atividade seja um jogo educativo é necessário então que seja tomada e interpretada como tal pelos fatores sociais em função da imagem que têm dessa atividade.
Essa não é a única relação do jogo educativo com uma cultura preexistente, não é a única que invalida a idéia de ver na atividade lúdica a fonte da cultura. O segundo ponto que podemos salientar tem seu fundamento na literatura psicológica que atualmente insiste no processo de aprendizagem que torna possível o ato de brincar. Parece que a criança, longe de saber brincar, deve aprender a brincar, e que as brincadeiras chamadas de brincadeiras de bebês entre a mãe e a criança são indiscutivelmente um dos lugares essenciais dessa aprendizagem. A criança começa por inserir-se no jogo preexistente da mãe mais como um brinquedo do que como uma parceira, antes de desempenhar um papel mais ativo pelas manifestações de contentamento que vão incitar a mãe a continuar brincando. A seguir ela vai poder tornar-se um parceiro, assumindo, por sua vez, o mesmo papel da mãe, ainda que de forma desajeitada, como nas brincadeiras de esconder uma parte do corpo. A criança aprende assim a reconhecer certas características essenciais do jogo: o aspecto fictício, pois o corpo não desaparece de verdade, trata-se de um faz-de-conta; a inversão dos papéis; a repetição que mostra que a brincadeira não modifica a realidade, já que se pode sempre voltar ao início; a necessidade de um acordo entre parceiros, mesmo que a criança não consiga aceitar uma recusa do parceiro em continuar brincando. Há, portanto, estruturas preexistentes que definem a atividade lúdica em geral e cada brincadeira em particular, e a criança as apreende antes de utilizá-las em novos contextos, sozinha, em brincadeiras solitárias, ou então com outras crianças. Não se trata aqui de expor a gênese do jogo na criança, mas de considerar a presença de uma cultura preexistente que define o jogo, torna-o possível e faz dele, mesmo em suas formas solitárias, uma atividade cultural que supõe a aquisição de estruturas que a criança vai assimilar de maneira mais ou menos personalizada para cada nova atividade lúdica.
Bibliografia
ANTUNES, Celso. Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências. Petrópolis, RJ: Vozes, 10ª edição, 1998.
FERREIRA, Vanja. Educação Física, recreação, jogos e desportos. Rio de Janeiro: Sprint, 2003.
MAJOR, Suzanne. Crianças com dificuldade de aprendizado: Jogos e Atividades. São Paulo: Manole, 1990.