quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Pra quê regras?


“...No espaço pedagógico da rua, eram esquecidos os padrões externos, a seriedade, a formalização. Ludicamente, assimilávamos aquela quantidade infinita de regras, valores, comportamentos e conhecimentos. As técnicas de cada jogo, seus movimentos próprios e suas características eram internalizados de uma forma espontânea e agradável, distante daquela maneira de “aprender” com a qual, hoje, adultos, lidamos.

Assim deu-se a nossa primeira relação com as manifestações do movimento, com o jogo, com o lúdico, com o pedagógico. Aprender e ensinar, naquele contexto, ganhava ares de diversão, status de saberes. Quem era capaz de subir na árvore mais alta? Acertar o alvo com as pedras atiradas com o estilingue de “tripa de mico”? Derrubar a lata durante o jogo de taco?

Olhando para trás, pensando naquela forma de aprender: sem dor, sem sofrimento, sem repetição. Até hoje, não nos recordamos de crianças que ficassem memorizando as regras do jogo de bolinhas de gude ou precisassem de estratégias para não esquecer das cantigas de roda” [1]

[1] MATTOS, Mauro Gomes e NEIRA, Marcos Garcia. Educação Física Infantil: Construindo o movimento na escola. 6ª edição. São Paulo: Editora Phorte Editora Ltda., 2006. p. 1, 2.

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